Não se pode negar que o documento da Base Nacional Comum Curricular, desde a sua formulação, é um objeto de discussão que divide opiniões. Mas quais são os pontos da Base? O que de bom e de ruim ele tem para o futuro da educação no país?

Trazemos aqui alguns pontos que podem servir para reflexão e que devem ser levados em conta no que se diz respeito à nova Base. Alguns especialistas acerca do assunto foram consultados em uma matéria de abril de 2017, no portal G1, onde opinaram sobre alguns pontos relevantes e positivos nesta reformulação educacional.

Priscila Cruz
"A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem um potencial muito grande de impactar as milhões de salas de aula de escolas públicas e privadas brasileiras nos próximos anos... As evidências nos mostram que a aprendizagem por meio de projetos e a integração dos diversos campos do conhecimento são fundamentais para uma aprendizagem mais efetiva e com mais sentido. É importante destacar que a BNCC não é o currículo, ela traz as referências para os currículos que serão elaborados pelas redes de ensino e pelas escolas", apontou a presidente-executiva do movimento Todos Pela Educação e colunista do Portal Educação da UOL Priscila Cruz.

Também argumentando na matéria do portal de notícias G1, a superintendente do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) Anna Helena Altenfelder aponta "Outro mérito da nova versão é a inclusão de objetivos que asseguram maior intencionalidade pedagógica aos direitos de aprendizagem e desenvolvimentos relacionados à oralidade e à escrita na Educação Infantil. Certamente, esta medida contribuirá para reduzir as desigualdades no processo de alfabetização, que afeta especialmente os estudantes que vivem em ambientes com pouco acesso à cultura letrada."

Em uma entrevista, ao Instituto Net Claro Embratel, o Professor da UFABC (Universidade Federal do ABC) Salomão Ximenes e a superintendente do Cenpec Anna Helena altenfelder explanaram um pouco sobre o processo de construção e também consulta pública da BNCC. Assista.


Em contraponto, havemos de levar em conta que a implementação da nova Base também tem falhas, como apontado por Kátia Regina de Oliveira Rosa, professora de História na Escola Leonardo Vilas Boas, em Osasco, São Paulo, que buscou informações acerca da Base e que conta que o diretor de sua escola não está a par do conteúdo do novo documento.

Segundo a educadora, em entrevista à revista Carta Educação, ela e outros educadores trabalham na Leonardo Vilas Boas seguindo o currículo enviado pelo governo de São Paulo, e que após as discussões que a BNCC desencadeou, os professores enxergam a necessidade de um currículo, de um modelo que atenda às necessidades dos alunos. "Será que um currículo padronizado é a melhor coisa para trabalhar com os alunos que nem sabem porque estão ali?", questiona a professora Kátia na entrevista.

Fontes:

http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/expectativa-e-criticas-aguardam-base-nacional-comum-curricular-nas-escolas/

https://g1.globo.com/educacao/noticia/leia-a-opiniao-de-especialistas-sobre-a-terceira-versao-da-base-nacional-comum-bncc.ghtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário